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É italiano quem é filho de italiano, independente de onde tenha nascido, pois a cidadania se dá por filiação e não por local de nascimento. Portanto, se você tem sangue italiano já nasce com direito ao reconhecimento da cidadania italiana.
Seja o italiano que imigrou da Itália para o Brasil, seu trisavô ou avô, você comprovando com documentação sua genealogia, terá direito à cidadania italiana.

O cônjuge de cidadão italiano, tem direito de morar, estudar ou trabalhar por meio de um visto específico para residir com seu cônjuge no país escolhido. Entretanto, é possível realizar o procedimento de naturalização por casamento,
o qual após sua conclusão, permitirá emissão de passaporte europeu e os mesmos direitos de um italiano nato. Importante, ressaltar, que mulheres casadas antes de 1984 podem reconhecer cidadania italiana por casamento sem o processo
de naturalização.

Se os pais são casados civilmente e têm um filho desse casamento, ele é considerado automaticamente legítimo a luz da Lei Italiana. Se o filho nasce fora do casamento, é preciso que o genitor italiano tenha o declarado no momento do
nascimento. Os filhos adotivos na menoridade através de sentença judicial, têm direito ao reconhecimento da cidadania italiana.

Muita gente acredita que para reconhecer a cidadania italiana é preciso ter um sobrenome italiano, mas isso não é verdade. Comprovando sua ligação com o antepassado italiano, mesmo que você não tenha mais o sobrenome dele no seu próprio
nome, é possível reconhecer a sua cidadania. Então, se você tem um sobrenome italiano, já existe uma boa indicação da sua origem e do possível reconhecimento da sua cidadania.Mas nãodesanime se não tiver um sobrenome italiano. Converse
com a sua família para descobrir se não existe um antepassado italiano na sua linha.

A sua família é muito importante para a coleta de informações que são chave para o desenvolvimento da sua pesquisa por documentos. Muitas vezes pequenos detalhes como: relatos da tradição italiana dos seus antepassados, aquele nonno que mal falava a língua portuguesa ou mesmo aquela receita italiana dos seus bisavós que ficou nas gerações da família, e até mesmo os relatos daqueles familiares que chegaram no Brasil em um barco ainda pequenos com os pais. São estes detalhes que podem te auxiliar na sua pesquisa inicial.

Sabe aquela certidão de nascimento sua bem velhinha esquecida numa gaveta? Pois bem, assim como na sua certidão como na dos seus pais ou avós, existe sempre as informações de duas gerações passadas contidas no inteiro teor do documento,
ou seja, você pensa que não tem informações ou que será dificíl consegui-las, mas nem sempre é assim. Aprenda coletar essas informações de geração em geração, e tem uma grande possibilidade de você já localizar quem são seus familiares
italianos.

A lei italiana n. 91 de 05 de fevereiro de 1992 (com suas atualizações através do DPR de 12 de outubro de 1993, n.572 e do DPR de 18 de abril de 1994, n. 362) é a que rege todo o processo de reconhecimento da cidadania italiana até
hoje. Entre várias resoluções, com a promulgação dessa lei, foi permitido aos cidadãos italianos adquirirem outra cidadania sem perder a italiana. Obviamente, na época da Grande Imigração, essa lei ainda não existia. Então, quem
se naturalizou brasileiro naquele momento perdeu a nacionalidade italiana e, se perdeu a nacionalidade italiana, não a transmitiu aos seus descendentes.

Se o seu dante causa nasceu em um comune que antigamente fazia parte do Império Austro-Húngaro, você tem um caso de concessão da cidadania italiana segundo a Lei 379/200, que informalmente e erroneamente é conhecida como “cidadania
trentina”. O que ocorre é que essas regiões foram anexadas oficialmente ao território italiano somente após o fim da Primeira Guerra Mundial, válido a partir de 16 de julho de 1920. Se o seu antepassado italiano é trentino,
existe uma chance de você conseguir fazer seu processo se ele tiver emigrado depois de 16 de julho de 1920 – portanto, já como italiano.

Há um tempo atrás, a mulher não tinha o direito de passar aos filhos (nascidos antes de 1948) a cidadania italiana, á que se esta casasse com um estrangeiro, um não italiano, abria mão de sua nacionalidade. Em 22 de dezembro de 1947
foi promulgada a Constituição da República, entrando em vigor no começo de 1948 que conferiu à mulheres italianas todos os direitos já conferidos aos homens, dessa forma, a partir dessa data as mulheres talianas também passavam o
direito a cidadania para seus filhos.